segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Não é mais casa. É casa e coração. Neste quarto. Na divisão do concreto pela soma do abstrato. Aqui neste lugar subtraído. Poderia eu começar de outra forma que não esta. Contando. O que vi. O que aprendi. O que senti. Sem vírgulas. Apenas pontos. Multiplicados. Trocando o jeito miúdo e doce pelo seco dos sinais. Uma forma de sorrir e acenar. Igualmente superficial. Morrendo e amando. Durante o intervalo da equação. Eu conto vagas por todos os vãos. E da janela, avisto uma outra casa. Do outro lado distante. Onde morei. Horas a separar. Talvez meses. Anos. Números que não sei. Conto daqui. Oito pequenas estrelas azuis. São a razão do retorno. A esta casa tão recente. A estes pontos viciados. E às palavras que adentram. Sem nada mais. Um recomeço. Um quarto de quatro. Um.

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